É pretexto sorrir sem vontade → Alegre-se o tempo todo.
Cuidado, uma palavra tão bonita, tão acolhedora! Quem não gosta de ser cuidado? Um cobertor quentinho em uma noite fria, uma sopa de galinha quando estamos gripados, um chegou bem? depois de um longo trajeto. Cuidado é amor em forma de ação, é aquele afago invisível que nos lembra que, em meio ao caos do mundo, alguém se importa. Mas, como tudo na vida, até o cuidado tem seus limites. E é aí que a coisa começa a desandar, especialmente quando as pessoas confundem cuidado com controle.
Sim, vamos falar sobre essa linha tênue entre ser um cuidador atencioso e se transformar no mestre de marionetes da vida alheia. Porque uma coisa é perguntar se a pessoa está bem. Outra coisa é instalar GPS no celular do amigo para garantir que ele foi para a aula de ioga em vez de ir comer fast-food escondido. Cuidado e controle: dois conceitos que caminham lado a lado, mas que podem gerar uma grande confusão quando misturados. E, no meio de tudo isso, o humor nos salva de perder a cabeça.
Vamos começar falando das mães. Mães, essas criaturas mágicas, cheias de amor, sabedoria e, às vezes, um pouquinho de superproteção. Quem nunca ouviu a clássica frase: Eu só quero o seu bem! enquanto sua mãe tentava fazer uma checagem completa da sua vida, como se fosse a CIA? Ela te pergunta de tudo: onde você foi, com quem você estava, o que você comeu, e por que você ainda não se agasalhou. Parece até uma entrevista de emprego! Claro, ela está cuidando de você, mas em algum momento, o "cuidado" começa a se parecer com um interrogatório de uma série policial.
Não podemos esquecer das sogras. Ah, as sogras. Especialmente aquelas que chegam com um sorriso e dizem: Eu só quero que você seja feliz com meu filho/minha filha. Parece um início de filme romântico, mas, no terceiro jantar de família, você já está sentindo que aquele carinho veio com um pacote especial: opiniões detalhadas sobre como você deve organizar sua casa, criar seus filhos que ainda nem nasceram, e cuidar das suas plantas. É um amor tão grande, mas que, se você não prestar atenção, vira uma aula de como viver sua vida sob a tutela de outra pessoa.
E nos relacionamentos amorosos, então? Ah, como a linha entre cuidado e controle pode se embaralhar! No começo, tudo é lindo. Ele te manda mensagens perguntando como foi seu dia, você responde com corações, e o mundo parece um musical da Disney. Mas, de repente, você percebe que as perguntas começam a mudar de tom. Onde você foi? Por que não respondeu na hora? Com quem você estava? O que antes parecia um gesto de carinho se transforma em um questionário diário sobre os seus passos.
Aquela história de cuida de mim vai se transformando em um por que você demorou três minutos a mais para responder? Cuidado vira controle quando o outro quer saber até o nome do motorista de aplicativo que você pegou para ir ao mercado. E vamos combinar: ninguém precisa de tanta informação assim, né? No fundo, ninguém está tão interessado se você comprou leite desnatado ou integral. Mas o controle? Ah, ele adora essas pequenas brechas para mostrar seu poder disfarçado de preocupação.
Agora, se você acha que isso só acontece na vida pessoal, está muito enganado. O ambiente de trabalho é um campo fértil para essa confusão. Existe sempre aquele chefe que diz: Eu só quero garantir que está tudo sob controle, estou cuidando para que tudo dê certo. Parece maravilhoso ter alguém que se preocupa com o bom andamento das coisas, não é? Mas o problema surge quando esse cuidado se transforma em microgestão. O chefe começa a controlar cada detalhe do seu trabalho, desde o horário exato que você bate o ponto até a cor da fonte que você escolheu no relatório.
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Nota: Ao perceber qualquer sinal de mal estar, busque uma ajuda profissional, de preferência médica e qualificada quando preferir, para assim evitar futuros problemas.
O típico chefe controlador é aquele que diz que está apenas supervisionando, mas, na verdade, ele quer saber se você respira corretamente enquanto está sentado na cadeira. Ele tem até um cronômetro para medir a duração das suas pausas para o café e, claro, uma planilha colorida para monitorar quantas vezes você saiu para ir ao banheiro. Tudo isso por cuidado, claro.
O controle disfarçado de cuidado no ambiente de trabalho pode ser sufocante, e muitas vezes os funcionários nem percebem quando estão sendo monitorados de perto. Tudo começa de forma sutil, mas logo você percebe que não pode tomar uma decisão sem passar por um processo de aprovação digno de um projeto de lei. E aí, meu amigo, é quando você percebe que está em um reality show corporativo, onde cada movimento é observado como se estivesse em um Big Brother do escritório.